quarta-feira, agosto 08, 2007

Você pode quanto?

"Cada pessoa pensa como pode..."

É o que diz um dos meus prediletos de cabeceira, Mário Quintana. E eu penso que essas reticências dão vazão exatamente para que cada um pense o que pode sobre o que ele pôde dizer. Diga-se de passagem, muito pertinentemente. Pois é, às vezes me surpreendo querendo responder algum pensamento equivocado provindo de alguma mente equivocada. Hoje, respiro fundo e lembro dessa frase. "Cada pessoa pensa como pode..."

... E tem gente que pode pouco. Pequeno. Limitado. Eu? Prefiro me preocupar com o que me é realmente relevante.

Se não tem nada de bom p'ra dizer, não diga.


Se não é p'ra ajudar, não atrapalhe.

quarta-feira, junho 20, 2007

Da vida bailarina II

“Verdades feitas para nossos pés, verdades que se possam dançar.”

“Meu calcanhar se empinava, os dedos do pé escutavam atentos para compreender-te: pois o ouvido, o bailarino – tem nos dedos dos pés”


Nietzsche

Da vida bailarina



A dança como meditação ativa.

sexta-feira, junho 15, 2007

Esquecimento (Florbela Espanca)


Esse de quem eu era e era meu,
Que foi um sonho e foi realidade,
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.
Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!
Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...
E desse que era eu meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos...!

quinta-feira, junho 14, 2007

De minha dança

Dançar
Tocar os instrumentos com os movimentos do corpo
Tocar sua alma
Tocar a alma feminina

Uma arte milenar
Que veio primeiro
representar a fertilidade
Dos movimentos do parto

Exalta-se o ventre
O sagrado ventre
De onde sai teus filhos

É o sagrado
E o profano
Por que não?
Em uma só concepção.

quarta-feira, junho 13, 2007

É verdade que vão os bons
Como os frutos - de repente.
Mas deixam, sempre, seus dons:
O sumo, o sabor e a semente.



(Enviada por um amigo, poesia dele mesmo: Jefferson Tadeu)